A fascite plantar é a causa mais comum de dor na região plantar do pé, sendo uma síndrome degenerativa da fáscia plantar que atinge cerca de 10% da população em pelo menos algum momento ao longo da vida.
Pode apresentar várias causas etiológicas. Porém, a mais comum é de origem mecânica, envolvendo forças compressivas que aplainam o arco longitudinal do pé, ainda mais que a peculiar anatomia da fáscia plantar lhe confere pouca elasticidade. Assim, o processo inflamatório pode ocorrer por microtraumatismos de repetição na origem da fáscia sobre a tuberosidade medial calcânea.
Suas manifestações caracterizam-se pela dor local, ao redor da base do calcâneo e no arco plantar, principalmente ao levantar-se da cama ou após um período prolongado de repouso.
A epidemiologia refere que a maior incidência da fascite plantar ocorre entre as mulheres, em sua maioria obesa e na faixa etária do climatério. Nos homens, a prevalência é maior naqueles que praticam atividades físicas, especialmente as que envolvem corridas.
Geralmente, o tratamento conservador baseado em fisioterapia e em meios analgésicos são suficientes para um bom prognóstico, embora a recuperação seja lenta (podendo ocorrer em até 18 meses).
Anatomia da Fáscia Plantar
A fáscia plantar se caracteriza como uma camada fibrosa densa que reveste a superfície do pé, assim se estende ao longo do pé, se originando na tuberosidade medial do calcâneo e se inserindo nas estruturas ligamentares próximas às cabeças dos metatarsos, formando uma viga de sustentação para o arco longitudinal medial do pé.
O tratamento fisioterapêutico tem como objetivos a diminuição do processo inflamatório, a supressão da dor, a restauração da função mecânica da fáscia plantar, assim como a melhora da marcha. Sendo assim, existem várias técnicas e recursos fisioterapêuticos que agem em prol desses objetivos, entre eles:
Alongamento
O alongamento é uma das formas mais eficazes para prevenir e tratar a fascite plantar, sendo fundamental. Afinal a causa mais comum da patologia é a tensão da musculatura, principalmente, da panturrilha e fáscia plantar, provocando assim o estiramento dos tecidos que cobrem esses músculos.
Pode apresentar várias causas etiológicas. Porém, a mais comum é de origem mecânica, envolvendo forças compressivas que aplainam o arco longitudinal do pé, ainda mais que a peculiar anatomia da fáscia plantar lhe confere pouca elasticidade. Assim, o processo inflamatório pode ocorrer por microtraumatismos de repetição na origem da fáscia sobre a tuberosidade medial calcânea.
Suas manifestações caracterizam-se pela dor local, ao redor da base do calcâneo e no arco plantar, principalmente ao levantar-se da cama ou após um período prolongado de repouso.
A epidemiologia refere que a maior incidência da fascite plantar ocorre entre as mulheres, em sua maioria obesa e na faixa etária do climatério. Nos homens, a prevalência é maior naqueles que praticam atividades físicas, especialmente as que envolvem corridas.
Geralmente, o tratamento conservador baseado em fisioterapia e em meios analgésicos são suficientes para um bom prognóstico, embora a recuperação seja lenta (podendo ocorrer em até 18 meses).
Anatomia da Fáscia Plantar
A fáscia plantar se caracteriza como uma camada fibrosa densa que reveste a superfície do pé, assim se estende ao longo do pé, se originando na tuberosidade medial do calcâneo e se inserindo nas estruturas ligamentares próximas às cabeças dos metatarsos, formando uma viga de sustentação para o arco longitudinal medial do pé.
O tratamento fisioterapêutico tem como objetivos a diminuição do processo inflamatório, a supressão da dor, a restauração da função mecânica da fáscia plantar, assim como a melhora da marcha. Sendo assim, existem várias técnicas e recursos fisioterapêuticos que agem em prol desses objetivos, entre eles:
Alongamento
O alongamento é uma das formas mais eficazes para prevenir e tratar a fascite plantar, sendo fundamental. Afinal a causa mais comum da patologia é a tensão da musculatura, principalmente, da panturrilha e fáscia plantar, provocando assim o estiramento dos tecidos que cobrem esses músculos.
Palmilhas Ortopédicas
As palmilhas para os pés são frequentemente utilizadas como um dos componentes do tratamento conservador tendo o objetivo de corrigir as alterações biomecânicas que causam estresse excessivo à fáscia.
As palmilhas podem ser pré‐fabricadas ou confeccionadas sob medida, apresentando um desenho capaz de acomodar e dar suporte ao arco longitudinal medial, além de acolchoar a região do calcanhar para reduzir a pressão do apoio. São confeccionadas com material macio (destacam‐se silicone, microespuma, feltro, plastazote ou similares) e recomenda‐se que sejam usadas diariamente, acomodada dentro do próprio calçado do paciente.
Talas Noturnas
As talas noturnas são utilizadas para manter a dorsifexão e a extensão dos dedos enquanto o paciente está dormindo, fazendo com que a fáscia também seja alongada, e mantendo o seu comprimento ideal. Têm a função de prevenir o encurtamento da fáscia plantar durante longos períodos de descanso, dessa forma, evitando dor nos primeiros passos ao acordar, comumente, sendo utilizadas no tratamento de pacientes sintomáticos com histórico de até seis meses de duração de fascite plantar.
Taping (bandagens)
O taping é realizado de forma a realizar uma bandagem anti-pronatória para a melhora da dor. Afinal, a pronação, sendo causada pela excessiva flexão plantar e adução do tálus na descarga de peso acaba causando a eversão do calcâneo, resultando em um aumento de tensão nas estruturas da superfície plantar do pé, e finalmente gerando um estresse excessivo na fáscia.
Acupuntura
O tratamento com acupuntura pode auxiliar no relaxamento dos músculos e tecido conectivo do pé, diminuição do processo inflamatório, moderando assim a resposta à sintomatologia dolorosa.
Eletroestimulação
Atualmente tem sido muito utilizada a Terapia por Ondas de Choque (ESWT) para reduzir a dor associada com a fascite plantar.
A literatura aponta uma série de benefícios como: o não encaminhamento para procedimento cirúrgico, tempo de recuperação menor, e retorno do paciente às atividades habituais no dia seguinte à aplicação.
Uma das teorias propostas é que a eletroestimulação estimula a cura através da criação de um ambiente de ferida no local do tratamento, promovendo uma resposta biológica, na qual diversos fenômenos ocorrem, como a neovascularização, liberação de antígeno nuclear de proliferação celular, fatores de crescimento endotelial, bloqueio do impulso nervoso e proteína óssea morfogenética. Portanto, essa situação é capaz de promover um aumento do aporte sanguíneo e do reparo tendíneo. Acredita-se que microtraumas locais proporcionariam uma estimulação e ativação do processo de cicatrização tecidual levando à ativação da proliferação de fibroblastos.
Laser
A terapia com laser em baixa intensidade para a fáscia plantar propõe a analgesia, a redução do edema e a aceleração da reparação tecidual através da fotoativação de mecanismos celulares (vasodilatação, aumento da produção de ATP e estimulação da produção de fibroblastos e colágeno).
Ultrassom
O ultrassom, como onda mecânica de alta freqüência, transmite energia através de vibração, podendo emitir em duas modalidades, contínua ou pulsada. Na forma contínua, a intensidade da onda permanece de forma constante, e os efeitos esperados envolvem produção de calor profundo, aumento do fluxo de sangue local, e redução da dor, e ainda, se utilizado em altas intensidades acaba atuando na eliminação da fibrose, podendo ser indicado nos casos de fascite plantar crônica.
Zanon, Brasil e Imamura (2006), concluíram em sua pesquisa que a aplicação local de ultra-som, no modo contínuo com alta intensidade não apresentou ganhos em relação à funcionalidade e à redução da dor na fascite plantar crônica, principalmente nos casos em que havia o esporão de calcâneo, também observaram que os exercícios de alongamento, para a fáscia e para a musculatura posterior da perna foi mais eficaz para a redução da dor e melhora funcional.
Iontoforose
A iontoforese consiste na aplicação tópica de substâncias anti-inflamatórias como a Dexametasona ou o Ácido Acético no pé, transmitindo essas substâncias através da pele por meio de uma corrente elétrica. Apresenta como vantagem a capacidade de fornecer uma liberação pontiaguda e sustentada do fármaco reduzindo a possibilidade de se desenvolver uma tolerância ao fármaco.
Infravermelho
O infravermelho promove um alívio no quadro de dor pela vasodilatação com consequente aumento da circulação sanguínea local, oxigenação e remoção de resíduos metabólicos. Promovendo ainda a redução da tensão e o alongamento muscular e da fáscia devido ao aumento da extensibilidade do colágeno.
Liberação Miofascial
A liberação miofascial é uma técnica que atua com apoios, pressão manual e deslizamentos, liberando o tecido miofascial, através da combinação do movimento tracional de deslizamento, fricção e amassamento.
É realizada com a finalidade de alongar os músculos e as fáscias obtendo dessa forma o relaxamento de tecidos tensos devolvendo maior liberdade, diminuição de dores e alinhamento postural, afinal libera retrações, aumenta a flexibilidade para uma reorganização estrutural e biomecânica favorável à postura e também à realização das atividades funcionais.
Crochetagem
A crochetagem, também conhecida como diafibrólise percutânea, é uma técnica de tratamento de manipulação, que visa combater as algias através da destruição das aderências e fibroses, com a utilização de ganchos ou “crochets”, aplicados sobre a pele. O tratamento da fascite plantar não objetiva somente o pé e a fáscia plantar, sendo abordada inclusive a musculatura posterior da perna devido a sua ligação com a etiologia da doença.
Estudos demonstram a diminuição da tensão na musculatura posterior da perna e tendão calcâneo, a redução do processo inflamatório na fáscia plantar e a analgesia.
Melhores Exercícios Para a Fascite Plantar
Relaxamento da Fáscia Plantar
O paciente sentado coloca uma bola de tênis embaixo do pé, no meio, e realiza movimentos para frente e para trás, massageando a sola do pé.
Alongamento Específico da Fáscia Plantar
Sentado numa cadeira com a perna afetada cruzada sobre a outra, posiciona-se o pé em dorsiflexão, então com com a mão envolve-se os dedos do pé, especialmente primeiro dedo, e puxam-se os dedos e o primeiro para trás como se fosse em direção à região da frente da perna, mantendo por pelo menos 30 segundos.
Alongamento dos Flexores Plantares
Sentado com a perna esticada e apoiada, o paciente coloca uma faixa rígida na ponta do pé e puxa a faixa em sua direção sentindo o músculo alongar em toda região posterior da perna, segurando em torno de 30 segundos, ou em pé com as mãos apoiadas na parede, coloca a perna boa na frente da perna afetada, dobra-se o joelho da frente juntamente com o tronco de uma forma que a perna que está atrás fique esticada, alongando toda a região posterior da perna, por cerca de 30 segundos.
Fortalecimento da Musculatura Profunda do Pé
Na posição sentada, com o pé apoiado em cima de uma toalha, o paciente com os dedos dos pés puxa toda a parte da toalha que está na frente do seu pé, sempre mantendo o calcanhar apoiado. Outro exercício pode ser realizado utilizando bolinhas de gude, com o paciente sentado pegando as bolinhas com os dedos dos pés, e colocando em um pote, sem deixar as bolinhas caírem.
As palmilhas para os pés são frequentemente utilizadas como um dos componentes do tratamento conservador tendo o objetivo de corrigir as alterações biomecânicas que causam estresse excessivo à fáscia.
As palmilhas podem ser pré‐fabricadas ou confeccionadas sob medida, apresentando um desenho capaz de acomodar e dar suporte ao arco longitudinal medial, além de acolchoar a região do calcanhar para reduzir a pressão do apoio. São confeccionadas com material macio (destacam‐se silicone, microespuma, feltro, plastazote ou similares) e recomenda‐se que sejam usadas diariamente, acomodada dentro do próprio calçado do paciente.
Talas Noturnas
As talas noturnas são utilizadas para manter a dorsifexão e a extensão dos dedos enquanto o paciente está dormindo, fazendo com que a fáscia também seja alongada, e mantendo o seu comprimento ideal. Têm a função de prevenir o encurtamento da fáscia plantar durante longos períodos de descanso, dessa forma, evitando dor nos primeiros passos ao acordar, comumente, sendo utilizadas no tratamento de pacientes sintomáticos com histórico de até seis meses de duração de fascite plantar.
Taping (bandagens)
O taping é realizado de forma a realizar uma bandagem anti-pronatória para a melhora da dor. Afinal, a pronação, sendo causada pela excessiva flexão plantar e adução do tálus na descarga de peso acaba causando a eversão do calcâneo, resultando em um aumento de tensão nas estruturas da superfície plantar do pé, e finalmente gerando um estresse excessivo na fáscia.
Acupuntura
O tratamento com acupuntura pode auxiliar no relaxamento dos músculos e tecido conectivo do pé, diminuição do processo inflamatório, moderando assim a resposta à sintomatologia dolorosa.
Eletroestimulação
Atualmente tem sido muito utilizada a Terapia por Ondas de Choque (ESWT) para reduzir a dor associada com a fascite plantar.
A literatura aponta uma série de benefícios como: o não encaminhamento para procedimento cirúrgico, tempo de recuperação menor, e retorno do paciente às atividades habituais no dia seguinte à aplicação.
Uma das teorias propostas é que a eletroestimulação estimula a cura através da criação de um ambiente de ferida no local do tratamento, promovendo uma resposta biológica, na qual diversos fenômenos ocorrem, como a neovascularização, liberação de antígeno nuclear de proliferação celular, fatores de crescimento endotelial, bloqueio do impulso nervoso e proteína óssea morfogenética. Portanto, essa situação é capaz de promover um aumento do aporte sanguíneo e do reparo tendíneo. Acredita-se que microtraumas locais proporcionariam uma estimulação e ativação do processo de cicatrização tecidual levando à ativação da proliferação de fibroblastos.
Laser
A terapia com laser em baixa intensidade para a fáscia plantar propõe a analgesia, a redução do edema e a aceleração da reparação tecidual através da fotoativação de mecanismos celulares (vasodilatação, aumento da produção de ATP e estimulação da produção de fibroblastos e colágeno).
Ultrassom
O ultrassom, como onda mecânica de alta freqüência, transmite energia através de vibração, podendo emitir em duas modalidades, contínua ou pulsada. Na forma contínua, a intensidade da onda permanece de forma constante, e os efeitos esperados envolvem produção de calor profundo, aumento do fluxo de sangue local, e redução da dor, e ainda, se utilizado em altas intensidades acaba atuando na eliminação da fibrose, podendo ser indicado nos casos de fascite plantar crônica.
Zanon, Brasil e Imamura (2006), concluíram em sua pesquisa que a aplicação local de ultra-som, no modo contínuo com alta intensidade não apresentou ganhos em relação à funcionalidade e à redução da dor na fascite plantar crônica, principalmente nos casos em que havia o esporão de calcâneo, também observaram que os exercícios de alongamento, para a fáscia e para a musculatura posterior da perna foi mais eficaz para a redução da dor e melhora funcional.
Iontoforose
A iontoforese consiste na aplicação tópica de substâncias anti-inflamatórias como a Dexametasona ou o Ácido Acético no pé, transmitindo essas substâncias através da pele por meio de uma corrente elétrica. Apresenta como vantagem a capacidade de fornecer uma liberação pontiaguda e sustentada do fármaco reduzindo a possibilidade de se desenvolver uma tolerância ao fármaco.
Infravermelho
O infravermelho promove um alívio no quadro de dor pela vasodilatação com consequente aumento da circulação sanguínea local, oxigenação e remoção de resíduos metabólicos. Promovendo ainda a redução da tensão e o alongamento muscular e da fáscia devido ao aumento da extensibilidade do colágeno.
Liberação Miofascial
A liberação miofascial é uma técnica que atua com apoios, pressão manual e deslizamentos, liberando o tecido miofascial, através da combinação do movimento tracional de deslizamento, fricção e amassamento.
É realizada com a finalidade de alongar os músculos e as fáscias obtendo dessa forma o relaxamento de tecidos tensos devolvendo maior liberdade, diminuição de dores e alinhamento postural, afinal libera retrações, aumenta a flexibilidade para uma reorganização estrutural e biomecânica favorável à postura e também à realização das atividades funcionais.
Crochetagem
A crochetagem, também conhecida como diafibrólise percutânea, é uma técnica de tratamento de manipulação, que visa combater as algias através da destruição das aderências e fibroses, com a utilização de ganchos ou “crochets”, aplicados sobre a pele. O tratamento da fascite plantar não objetiva somente o pé e a fáscia plantar, sendo abordada inclusive a musculatura posterior da perna devido a sua ligação com a etiologia da doença.
Estudos demonstram a diminuição da tensão na musculatura posterior da perna e tendão calcâneo, a redução do processo inflamatório na fáscia plantar e a analgesia.
Melhores Exercícios Para a Fascite Plantar
Relaxamento da Fáscia Plantar
O paciente sentado coloca uma bola de tênis embaixo do pé, no meio, e realiza movimentos para frente e para trás, massageando a sola do pé.
Alongamento Específico da Fáscia Plantar
Sentado numa cadeira com a perna afetada cruzada sobre a outra, posiciona-se o pé em dorsiflexão, então com com a mão envolve-se os dedos do pé, especialmente primeiro dedo, e puxam-se os dedos e o primeiro para trás como se fosse em direção à região da frente da perna, mantendo por pelo menos 30 segundos.
Alongamento dos Flexores Plantares
Sentado com a perna esticada e apoiada, o paciente coloca uma faixa rígida na ponta do pé e puxa a faixa em sua direção sentindo o músculo alongar em toda região posterior da perna, segurando em torno de 30 segundos, ou em pé com as mãos apoiadas na parede, coloca a perna boa na frente da perna afetada, dobra-se o joelho da frente juntamente com o tronco de uma forma que a perna que está atrás fique esticada, alongando toda a região posterior da perna, por cerca de 30 segundos.
Fortalecimento da Musculatura Profunda do Pé
Na posição sentada, com o pé apoiado em cima de uma toalha, o paciente com os dedos dos pés puxa toda a parte da toalha que está na frente do seu pé, sempre mantendo o calcanhar apoiado. Outro exercício pode ser realizado utilizando bolinhas de gude, com o paciente sentado pegando as bolinhas com os dedos dos pés, e colocando em um pote, sem deixar as bolinhas caírem.